quarta-feira, 20 de novembro de 2024
Marcos Quinan (Noemi Marcos Quinan)
Filho de Elias Quinan e Maria Capuzzo Quinan.
Nascido em Ipameri-GO no dia 24/03/1949
CPF: 05305608104
CI: 7205416 SSPPA
Endereços:
Em Belém/PA:
Av. Pres. Vargas nº 351 – Apto 501 – Ed. Palácio do Rádio
Bairro Campina
CEP 66010 000
Em Anápolis/GO:
Av. Maranhão nº 230 – Qd. 64B – Lt. 30
Condomínio Montpellier Residence – Apto 402
Bairro Jundiaí
CEP 75110470
Foi bancário em Goiânia/GO: Banco Brasileiro do Oeste, Banco da Bahia e Banco Auxiliar de São Paulo. Voluntário na obra social e educacional Pequena Casa da Criança em Porto Alegre/RS. Industrial em Goiânia/GO: Gimpel- Fabricas de Papel Ltda. Representante Comercial de diversas empresas goianas, além da Copalimpa desde a sua fundação e da Arisco Produtos Alimentícios durante toda sua existência onde também ocupou o cargo de Diretor de Vendas na fusão das indústrias Beira Alta e Colombo (RJ) adquiridas por ela.
Nascido em Ipameri-GO, vive na Amazônia onde é aplaudido produtor, compositor, teatrólogo, artista plástico, fotógrafo, agitador cultural e escritor. Teve ainda uma passagem pelo teatro, no despertar de sua vocação artística ainda jovem em Goiânia onde fez parte da Agremiação Goiana de Teatro, participando ativamente na administração do Teatro Inacabado, na época o único teatro construído por um grupo amador no Brasil, onde também foi ator, iluminador e tesoureiro. Fundou, com Paulo Roberto Vasconcelos nos anos 70, a “Companhia de Teatro do Autor Brasileiro”. Com Roseli Naves e Nilson Chaves, nos anos 80 a “Gravadora e Editora Outros Brasis”. Junto com Nilson Chaves, Walbert Monteiro, Conceição Elarrat e Fátima Silva em 2002 criaram a “ACAM – Associação Cultural da Amazônia” e foi um dos coordenadores do primeiro Seminário Cultural da Amazônia realizado por ela no ano seguinte. Foi Secretário Executivo do Programa de Incentivo à Cultura do Estado do Pará - SEMEAR e Assessor da Presidência da Fundação Cultural do Pará Tancredo Neves. Chefiou a delegação da Amazônia no Fórum Mundial de Cultura realizado em SP. Participou desde as primeiras iniciativas junto com a Fundação Joaquim Nabuco de Recife na formulação das demandas apresentadas. Participou do Festcine Amazônia na comemoração de sua décima edição em Porto Velho como palestrante. Também como palestrante no Curso de Extensão e Aperfeiçoamento em Gestão Cultural promovido pelo MINC/UFPA. Esteve presente como membro convidado da comissão na última edição do Acorde Brasileiro em Porto Alegre e na mesa promovida pela Funarte no Fórum Social em Belém. Em 2006 junto com o filho Marcelo Quinan criou a Lado de Dentro, loja virtual dedicada à divulgação e comercialização da produção cultural brasileira, incluindo nossa cultura científica. Marcos Quinan também assinou durante alguns anos a coluna “O Que Vem do Norte” no site Festivais do Brasil. Foi colaborador do jornal Só Cultura de Jaguarão-RS. Criou o blog ABARIBÓ onde publicava seu trabalho fotográfico depois de, durante longo tempo, apresentar material de artistas novos e obras consagradas da arte e cultura brasileira. Participa, como jurado de festivais de música e interage com grupos de artistas em oficinas e palestras sobre os mais variados assuntos da cultura brasileira, desde a produção até os aspectos práticos que a envolvem. Em 2019 coordenou junto com Deborah Miranda, Fatinha Silva, Elizabeth Orofino, Andréa Cozzi e Delson Luís a I FLIB - Feira Literária Infanto-juvenil de Belém. Em 2023 como convidado por seus fundadores, fez parte do corpo técnico do importante Grupo Cuíra na montagem da peça “Joana” de Edyr Augusto Proença interpretada pela atriz Zê Charone.
Contudo, esse “sertanista da vida, das ideias, dos sonhos” conforme o define o jornalista, compositor, escritor e teatrólogo Edyr Augusto Proença, só resolveu mostrar-se ao público ao atingir seu meio século de vida. Antes disso, associava sua atividade empresarial a eventos artísticos como agitador, produtor e divulgador, mas sem expor sua própria criação que hoje está indelevelmente registrada em livros, pinturas, esculturas, fotografias, músicas e letras editadas em cds, uma bela produção da nossa brasilidade.
SOBRE SUA OBRA:
LIVROS :
SERTÃO DO SÃO MARCOS - Livro de contos sobre a região em que nasceu. Na opinião de Camilo Delduque, “É um livro sonoro. É o sertão brasileiro para ser lido em voz alta. Um homem plantado na própria alma, contando da alma de sua terra.”
SERTÃO D’ÁGUA – Romance bem brasileiro que conta a história de um Conselheirista desmemoriado que veio parar na Amazônia. Vicente Salles, comentando a obra, afirma: “Sertão obsessivo do escritor que antes nos deu o Sertão do São Marcos, 2000, das veredas goianas, remansos de rios, gemidos de carro de bois; agora neste Sertão d’água, 2001, ele narra uma aventura em prosa e em poesia, complemento de vasta produção. Na ficção, Marcos Quinan voltou-se para o sertão amazônico, do extrativismo, das lendas e das encantarias.”
ORAÇÃO DE FLORESTA E RIO E OUTROS POEMAS – Poesia - O paulista Celso Viáfora assim o define: “Leio comovido e me transponho ao coração da floresta, no barco da leitura, espertamente, escrita na primeira pessoa do verbo, que faz a gente ir virando margem, semente, rio; ir virando lenda. Outra sutileza de poeta: a capacidade de se pôr na briga pela floresta não com palavras de ordem mas pela consagração do belo. Tão vegetal, ele nos faz, que se acaba por sentir a dor da motosserra.”
O POVO DO BELO MONTE – Romance - No dizer do parceiro e interprete cearense Eudes Fraga; Uma reflexão sobre o episódio de Canudos, assunto recorrente em suas manifestações e objeto de permanente pesquisa na vida do autor. Nele está presente o desassossego e a brasilidade interagindo com a percepção de nossa história.”
JEITO DE SENTIDOR - MEIZINHAS, ENVERSADOS E RECORRÊNCIAS... - Poesia - Marcos Quinan nos introduz em seu mundo, como se fosse nosso também. Cheio de simplicidade e brasilidade, Jeito de Sentidor nos leva a suas paixões em poemas plenos de sentimento e angústia.
SERTÃO DO REINO – Contos - apresenta deliciosos contos ambientados à época da Cabanagem. É descrito por Vital Lima como “Uma reconstrução daqueles dias de luta visto pelo olhar lançado na gente comum, mas, e acima de tudo, um trabalho primoroso na arte das palavras, amorosamente entalhadas para encantar, emocionar, enfim, arrebatar o leitor.”
UM LUGAR CHAMADO PRIMAVERA - História do município de Primavera localizado na Região Bragantina do Estado do Pará.
AMASTOR - Reunidos por enfermidades e circunstâncias, um grupo heterogêneo percebendo o descaso e a desorganização com que a Tríplice Aliança comandava as operações na Guerra do Paraguai, transforma-se em um dos hospitais de sangue da campanha, saqueando o que fosse possível antes de retornar, pelo interior, até a Província do Grão Pará origem de Amastor.
SUBIDOS - História de amor, sonhos e desencontros. De companheirismo e cumplicidades envolvendo anarquistas, militares rebeldes, nordestinos fugindo da seca e mestiçados da fronteira do Brasil com a Guiana Francesa. Presos levados sem julgamento junto com marginais já apenados para o isolamento na colônia agrícola criada pelo Ministério da Agricultura no Estado do Pará então transformada na Colônia Penal de Clevelândia. Tempo da Primeira República, durante o período do governo de Artur Bernardes. História de Dalcino perdido na solidão final e Duviges perseverando em sua procura, um caminho de dores abrandado com a vingança e a percepção de estarem vivos, pai e filho, vivendo ao seu lado.
ENCENAÇÕES - Conjunto de contos instigantes encenados no ambiente do nosso cotidiano pessoal e coletivo.
VAQUEIRO MARAJOARA – ENCANTARIAS, CHULAS E LADAINHAS - Poemas sobre o vaqueiro marajoara e sua lida cotidiana. A rudeza dentro da harmonia que é sua vida e seu entorno.
Seus quereres, fazeres, jeito de falar e a convivência social, o respeito com a natureza e a sabedoria de seus menores modos.
O NOME NA PEDRA – O compositor Glauco Luz assim recomenda a história do arquipélago de Fernando de Noronha. “A cronologia mais parece um romance de contos misturando tipos vivos do imaginário com personagens reais do nosso passado social, econômico e político, desde os primeiros fatos e conflitos nos tempos da Terra de Santa Cruz, envolvendo o naufrágio de um tumbeiro, invasões, tentativas de domínio, transformação em prisão de militares e civis, palco de privações, ganâncias, fugas, assassinatos, rebeldias; prostituição e corrupção que duraram até a Segunda Guerra Mundial. Personagens inusitadas e complexas da nossa formação buscando sobrevivência, conquistas pessoais ou sociais em convivência com políticos de nosso passado histórico. De conto em conto, multiplicam-se os tipos que os retratam: o líder cabano; um farroupilha mameluco; o rebelde mestre capoeirista; o frei que contestava os decretos papais; a rebelde salteadora baiana descendente de franceses maranhenses e de africanos islâmicos; um ajudante de linotipista envolvido com a Revolução Praieira; os escravos que serviram na Guerra do Paraguai lutando por direitos assegurados; uma professora vivendo de lembranças. Gente dos mais diversos ofícios e atividades, desde os primeiros habitantes, retratados com beleza e estilo.”
SÃO JOSÉ DILIGENTE - Teatro e música na encenação do episódio mais conhecido como “Brigue Palhaço” que se passou na Província do Grão Pará durante o período da nossa independência quando, em regozijo pela adesão oficial, manifestantes foram para as ruas comemorar. O vandalismo, principalmente com os portugueses, resultou na prisão de 252 deles ordenada pelo mercenário inglês John Pascoe Grenfell no porão do navio São José Diligente em condições desumanas resultando na morte de todos com exceção de um sobrevivente que resistiu poucos meses.
“SETE POUSOS” - Peça teatral com a co-autoria de César Obeid e Trupe Quintal (Juliana Balsalobre, Marcos Ferraz, Marina Quinan e Leandro Oliva). Músicas: Marcos Quinan:
https://teatrosetepousos.blogspot.com
A LIBERDADE DA BELEZA – CUBA - Exposição virtual 2008 - fotografia e relato de viagem: https://aliberdadedabeleza.blogspot.com
ANABEL, BRÁS TEODORO E O POVO DO BELO MONTE - 2024 – Revisita o episódio de Canudos assunto recorrente em sua criação.
GESTOS DE CADA LUGAR – 2024 – Primeiro eram duas meninas — de nomes Marina e Juliana — virando Bifi e Quinan só pra fazer palhaçarias de fora a dentro — sobretudo adentro — desse Brasil diverso.
De longe o pai poeta acompanhava em vigia de amor e orgulho os passos das artistas educadoras a curar um cadinho todas as gentes que daquela uma cura necessitavam (a arte de educar, iluminar e sarar cavando sorrisos no coração das pessoas).
E não é que daquelas viagens, já por si tão impregnadas de poesia (a poesia pura, aquela que nem carece palavra porque forjada no bronze da existência, versada na afetividade dos encontros e tanto mais), nasceu este "Gestos de cada lugar"
Coisas do Marcos Quinan, né? — este múltiplo artista com trânsito escancarado em tudo o que seja arte (música, literatura, pintura, teatro e tanto, tanto mais).
Assim foi que a vivência das meninas, o caminho das intrépidas palhaças do "Las Cabaças" em turnê pelo país, se foi passando da memória de andanças por elas vivenciadas à tinta do poeta Quinan transmutadas em poesia para nos contar um tantão de coisas, lugares e pessoas: gente de cá e de lá como os vaqueiros Juvêncio, Aníbal, Joque, Boaventura e Jacaré; Zé Bejê, os Chicos Cipó e Tormim; Dona Luzia a aparar meninos; Dona Kaluka, Dona Davinha; Clicia e Enrico a receber amigos com gengibirra e filhote na brasa, Joãozinho Gomes a distribuir letras e poemas; Brasil de botos e caruanas; Brasil de lua e céu virando poesia muda, de só recitar com os olhos e a alma; Brasil de fazer a prisão do Boi Malhadeiro criar cordões; mas também Brasil de piuns e maruins; dos arawetés, os parakanãs, xikrins e mais e mais (cada vez menos); Brasil do Círio de Nazaré; Brasil de Icoaraci, do Magazão, Curiaú e Pacoval; do Marupá; do Marajó, do Cruzeirinho e da Mulher Cheirosa; Brasil do caldo de Turu; de Cachoeira do Arari e da cachoeira do Aruã; do Solimões e Alter do Chão; aí eu escuto lundus, siriás, marabaixos, chulas e carimbós; tanta coisa que só lendo mesmo — lendo e se esbaldando de lavar nossa alma brasileira.
Emprestando as palavras do Quinan: "uma história me achou parecendo que era eu".
O que não era eu, sinto que preciso buscar.
E isso tudo deu nisso: um livro mais que de poemas — mosaico de brasilidades.
Pena que acabei de ler.
Pois acabo de ler e aí o Brasil fica todo ali, na porta.
Ponham o Brasil no lugar, vai!
Telelém... telelém... telelém...
Celso Viáfora
ANABEL, BRAS TEODORO E O POVO DO BELO MONTE – 2024
A alegoria do livro Anabel, Brás Teodoro e o Povo do Belo Monte, do Marcos Quinan, me pegou pela mão e me arrastou. Sumiu comigo. E me deixou, me perdeu. Fiquei! Nada no livro é de soslaio, tudo é de frente. Por vezes, a leitura me remeteu a Guimarães Rosa e a João Cabral. Mas, de tão uno e indivisível, Quinan se fez plural – disso estou certo. Ele se pôs à minha frente, instigante, misterioso, a me puxar para dentro de um mundo que é seu, mas que agora é meu, é do Brasil e é também de todas as gentes, de todos os credos, de todas as raças, cores e gêneros. E assim senti pulsar em meu peito o Brasil com que tantos sonhamos: igualitário, generoso e democrático, que haverá de nos redimir. Mas Quinan, ao final do livro, talvez para não dar chance a mal-entendidos, expôs algumas de suas telas e transcreveu alguns de seus poemas, dando cara, assim, a tudo o que revelara, extrapolando a dramaturgia, dando-lhe tento – fatos vividos, revividos, postos a prumo. De tudo ele se valeu em sua visita ao passado (Belo Monte), que pesquisa há tempos, e ansiava trazer a lume para o futuro que tem presente em si, entranhado como a poeira do sertão que lhe cobre até os ossos. O verdadeiro amor pela história, em meio a pesadelos e sonhos delirantes... eis aqui um cantador brasileiro, verdadeiro restaurador de fragmentos que traz grudado à memória, mantendo-os íntegros e vibrantes.
Aquiles Rique Reis
PROJETOS
TROCANDO PALAVRAS I - O projeto Trocando Palavras, criado em 2002, possibilitou a Marcos Quinan em suas três versões, promover a doação às bibliotecas públicas de todos os estados que compõem a Amazônia Legal, de sua obra literária, totalizando 7.292 livros doados. Graças à parceria inicial do Banco da Amazônia e da Fundação Cultural do Pará Tancredo Neves, que compreenderam a importância do conteúdo da pesquisa contida na obra do autor, envolvendo em sua ficção a Cabanagem, revolta popular ocorrida na Amazônia no Século XIX e a história de Canudos, outro importante movimento social que teve como palco o sertão baiano e a figura carismática de Antônio Conselheiro. O projeto alcançou pleno sucesso, com ampla divulgação na mídia. Foi resultado da parceria entre o autor, os patrocinadores e a editora. Os patrocinadores adquiriram os exemplares a preço de custo. A editora renunciou ao lucro e o autor dos direitos autorais e os beneficiários foram milhares de alunos da rede pública que puderam ter acesso a essas obras nas bibliotecas de suas escolas.
CDS:
CANÇÃO DOS POVOS DA NOITE – Instrumental. Várias músicas que compõem este cd, foram utilizadas em trilhas sonoras de programas educativos da Fundação Padre Anchieta, em curtas metragens e documentários de importantes instituições e programas do Ministério da Educação e Cultura, Embrapa, ESPN Brasil, Globo Rural, Andreato Comunicação e Cultura, Tom da Amazônia. TV Cultura-SP. Interpretes: Fernando Carvalho, Fernando Merlino, Roberto Stepheson e Eudes Fraga, que assina também a direção musical.
DENTRO DA PALAVRA – Canções com diversos parceiros e intérpretes, entre eles Nilson Chaves, Marco Antonio Quinan, Jane Duboc, Flávio Venturini, Celso Viáfora, Simone Guimarães, Henrique Pereira Alves, Selma Reis, Edmar da Rocha (Mosaico de Ravena) e Vital Lima. Produção musical de Eudes Fraga.
RIO DO BRAÇO – Mescla instrumental e canções, com sotaque bem goiano, contém 15 faixas com produção e direção musical de Eudes Fraga, arranjos de Roberto Stepheson, Fernando Merlino. Fernando Carvalho, e as interpretações de Nilson Chaves, Vital Lima, Fernando Carvalho, Chico Aafa, Eudes Fraga, Jean Garfunkel, Marco Antônio Quinan, Marina Quinan e Marcelo Quinan, Ladton Nascimento, Eli Camargo, Murilo Fonseca e Pádua.
ABRIGO PARA UM VIOLEIRO ANDANTE – Canções com diversos parceiros e intérpretes, entre os quais Zé Renato, Senzalas, Renato Gusmão, Camilo Delduque, Luli e Lucina, Aidenor Aires, Henrique Pereira Alves, Macaréu, Vetinho, Walter Freitas, Pedrinho Cavalero, Ronaldo Silva, Cláudio Nucci e Eudes Fraga que também assina a produção e direção musical.
SÃO JOSÉ DILIGENTE - Com peças musicais inspiradas na tragédia do Brigue Palhaço, ocorrida em Belém, durante as revoltas que motivaram a Cabanagem. Parcerias com Marco Antonio Quinan, Eudes Fraga, Fernando Merlino e Henrique Pereira Alves. Interpretes Fernando Merlino, Fernando Carvalho, Roberto Stepheson, Marco Antonio Quinan, Paulo César Pinheiro, Luciana Rabelo, Pedro Amorim, Waldonis, Pantico Rocha. Direção musical de Eudes Fraga.
UM LUGAR CHAMADO RONCADOR – Canções com diversos parceiros e intérpretes, Jean Garfunkel, Marco Antonio Quinan, Zé Alexandre, Camilo Delduque, Sergio Souto, Vital Lima, Daniela Lasalvia, Paulo César Pinheiro, Mário Mesquita, Marcus Brito, Kay Lira, Fernando Carvalho, Renato Braz, Chico Sena, Nilson Chaves, Zé Luiz Mazziotti, Paulo Fraga, Simone Almeida, Nazaré Pereira, Enrico di Micelli, Paulo Façanha, Francesca Ancarola, Antonio Vicente Mendes Maciel (Antonio Conselheiro), Edmar Gonçalves, Waldonys e Eudes Fraga que também assina a produção e direção musical.
COLHO CURA – Suíte popular em gravação caseira disponível no You tube, parceria com Sérgio Souto e Joãozinho Gomes. Baseada no feixe de contos do livro Sertão do Reino - voz e violão de Sérgio Souto. Pode ser ouvido aqui: http://colhocura.blogspot.com
Todos eles disponíveis no YouTube
ALGUNS PROJETOS ONDE HÁ INSERÇÃO DE COMPOSIÇÕES DE SUA AUTORIA:
- SETE PROGRAMAS DA TV ESCOLA – “Aulas de História do Brasil“- Coordenação MEC, Fundação Padre Anchieta e USP.
- VÍDEO-DOCUMENTÁRIO PROJETO TIPITAMBA – Coordenação EMBRAPA – Belém
- A INCRÍVEL HISTÓRIA DE ULF - O FILHO SUECO DE GARRINCHA - Documentário ESPN Brasil
- EXPRESSO BRASIL – AMAPÁ – Coordenação Fundação Padre Anchieta
- EXPRESSO BRASIL – ACRE – Coordenação Fundação Padre Anchieta
- GLOBO RURAL – Rede Globo (02 edições)
- O FAZER TRADICIONAL – Coordenação MEC, Fundação Padre Anchieta e USP.
- VÍDEO E CD: “TOM DA AMAZÔNIA” - 2005 - Fundação Tom Jobim / Fundação Roberto Marinho.
- THE MADEIRA RIVER: Life Before the Dams (O Rio Madeira: a vida antes da barragem) Ludus Vídeos e Cultura SP
- AQUI ACONTECE TRANSFORMAÇÃO SOCIAL - Andreato Comunicação e Cultura e Fundação Banco do Brasil.
ARTES PLÁSTICAS E FOTOGRAFIA:
A trajetória de Marcos Quinan pelas veredas das artes plásticas resultou em impressionante produção de mais de 300 telas que enriquecem o acervo particular de admiradores e amigos. Sua pintura revela uma especial sensibilidade, intuição, criatividade, emoção e muita pesquisa, traços naturais de sua permanente inquietação. Pressionado pelos amigos, decidiu em abril de 2004, montar sua primeira exposição na Galeria Theodoro Braga, sob a coordenação da Fundação Cultural Tancredo Neves: “O povo do Belo Monte”, mesmo título de seu livro. Foram apresentadas 28 telas com visitação programada para deficientes visuais. Produzidas em técnica mista, todas centradas em um dos temas preferidos do artista – o episódio de Canudos.
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EXPOSIÇÕES:
O POVO DO BELO MONTE – Galeria Teodoro Braga – Belém-PA – 2004
O POVO DO BELO MONTE – Exposição virtual 2004 https://exposicaoopovodobelomonte.blogspot.com
O POVO DO BELO MONTE – Galpão de Artes de Marabá – Marabá-PA – 2005
SETE POUSOS
https://teatrosetepousos.blogspot.com
BRASIS – Exposição virtual 2004 –
https://exposicaovirtualbrasis.blogspot.com
MARIA FRAGMENTADA – Exposição virtual 2005.
PÁTRIA TRISTE - Exposição virtual 2006.
CASCA, MUSGO, SOMBRA, COR - Exposição virtual de fotografias 2007.
OLHAR - Exposição virtual de fotografia 2009.
POEMA
Chapada do São Marcos
Chapada do São Marcos
Bera do Ri do Braço
Vai Vem é afruente
Entre águas
Entre rios
Meio de cerrado
Onde avoa codorna
E ispanto perdiz nos passo
Na porta da casa
Bambuzá parceiro de vento cantadô
Na porta da casa tamém
Um pau frondoso
Que cumula sombra nos embaxo
As foia sôrta antes da frorada
E arcochoa a sombra
Pr’eu deitá cum meu amô
Se cai fror durmida
Nóis panha e se prefuma
Se cai diurna
Nóis se farta de cheiro que nem beija-fror
Teno tropa prá tocá
Nóis vai no passo manso
Mode num cansá animá
Mode tê paga boa
Corda cedo
Dia sem raiá
Móia os pé no sereno
Prá animá incontrá
No pasto pequeno
Nóis campeia eles
Traiz, arreia e vai gado buscá
Istimosa, Paridera, Esperança, Lambari ...
Às veiz nóis passa no vau
Céu vermeio parino o sol
Merenda já tá cherano
O corpo recrama sustança
Nóis tira o leite
Aparta o gado
E atende o corpo cum zelo
Pur pricisão às veiz
Nóis mata um capado já chei de ingorda
Aí é festança
Nóis sangra ele antes da lida do gado
Mode as muié aprepará
A limpança, o discarne, o retaio
Fazê a lingüiçada e as armôndega
Se truveja nas cabicera do Braço
Nóis fica preparado
Água do ri vai lambê as berada
E favorecê a distoca
Aí, é o imborná de paçoca
A cabaça d’água e o invergá do corpo no eito
Nos ôi de inxada cumulado na vida
O atestado de labuta
Coisa que os calo das mão
Num faiz pur sê só dois
O da firmeza e o da repuxa
Adipois da lida
No terrero, em vorta do lume
Cum as istrela recamada no céu
A cheia fazeno crarão
Os vaga-lume riscano o negror da noite
Na guardança da terra
Nos calo da mão
O cantadô recebe a viola
E na quietude
Canta sua dismidida querença
Ah Sertão do São Marcos
Divisórias águas do Braço da minha vida
Num achei a sabedoria de ficá
E me perdi nos caminho de vortá
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